quarta-feira, 19 de março de 2008

Comentário sobre o texto " Por uma arquitetura virtual: uma crítica das tecnologias digitais "

Ana Paulo Baltazar traz à tona na introdução de seu texto um tema muito recorrente quando se trata de arquitetura: as mudanças que a era digital impôs a essa profissão.
O computador e o surgimento dos softwares de CAD passaram a ser uma nova e mais rápida ferramenta de trabalho, substituindo o desenho perspectívico. Esses desenhos acabam sendo chamados de arquitetura virtual, mas a autora elucida essa questão explicando bem a diferença entre digital e virtual.

Nem todo virtual é digital, e são poucos os digitais que são virtuais. Ao final da leitura desse texto, consegue-se claramente diferenciar esses dois termos, que são comunmente tidos como sinônimos. Para isso, a autora introduz dois novos conceitos, o de substância e o de evento, que coexistem em todas as coisas. Na substância estão contidos o real e o potencial, enquanto no evento tem-se o virtual e o atual. Ao ocupar um espaço, ativamos sua ordem do evento. Ao projetar um espaço, trabalha-se com a ordem da substância. E nesse ponto Ana Paula Baltazar levanta um dos problemas que ocorre na arquitetura, que é projetar um ambiente pensando limitadamente em seu uso e sua função.

O que ao fim parece ser o melhor jeito de pensar um espaço, que é exemplificado com o Familistério de Godin, é fazendo uma arquitetura virtual, em seu real conceito. Deve-se dar abertura para se encaixar num ambiente eventos não definidos a priori.

Por fim, a mestre em arquitetura propõe a problematização da arquitetura frente as tecnologias de comunicação e informação e instiga-nos a pensá-la de maneira virtual, sem deixar de utilizar o digital no processo. É o " paradigma da tecnologia da informação ". Alguns exemplos dessa parceria são citados, como o Fresh Water Pavilion e a tenda Digital desenvolvida no laboratório Lagear da Escola de Arquitetura da UFMG.

O texto me foi esclarecedor e achei interessante a abordagem sobre o lado virtual de todas as coisas. Agora creio saber diferenciar substância de evento e digital de virtual. Concordo com a autora no que tange à limitação que damos aos espaços, pré-determinando suas funções.
Para mim a arquitetura virtual é uma novidade, pois não conhecia o termo, mas após a leitura desse texto convenci-me de que realmente é uma abordagem muito mais ampla do espaço e do que podemos fazer dele.

Para ler o texto na íntegra, é só acessar www.arq.ufmg.br/lagear/virtual.html

1 comentário:

Lucas Durães disse...

brigado pelo elogio, nat! e por me avisar que o link nao tava funcionando tbm! já fui lá consertar!
nao li seu texto porque ainda nao fiz meu comentário. nao quero ser influenciado!

beijo